Professores falam sobre a importância do 'Lab Amazônias' e as expectativas para a formação

Com as aulas iniciadas na última segunda-feira (09/09), de maneira online, o "Lab Amazônias - As Amazônias Contadas em Primeira Pessoa" segue sua formação junto aos seis projetos audiovisuais selecionados. À frente do laboratório, estão Jaqueline Souza, Vânia Lima e Amadeu Alban, responsáveis por ministrar a capacitação que ajudará os participantes a desenvolverem suas narrativas. A iniciativa é promovida pela Leão do Norte Produções e Casa Ninja Amazônia, com apoio do Projeto Paradiso.

A primeira edição do "Lab Amazônias" está sendo dividida em três blocos formativos (Narrativo; Captação e Financiamento; e Negocial) e, além dos professores convidados, conta também com as mentorias de Leandro Santos e Emerson Dindo, da plataforma DiALAB, e Lidiana Reis, do Mercado SAPI. Ao seu encerramento, um dos selecionados será agraciado com um prêmio de internacionalização, oferecido pelo Projeto Paradiso.

Condutora do bloco Narrativo, a autora-roteirista e consultora Jaqueline Souza, de Curitiba, está responsável por ensinar aos participantes elementos dramatúrgicos, para que eles possam potencializar suas histórias - tanto do ponto de vista dramático quanto do impacto emocional que a narrativa pode gerar no público.

"Um laboratório focado na tríade do cinema [roteiro, direção e produção], através de uma perspectiva amazônica, é uma ferramenta poderosa para ampliar as oportunidades de projetos e profissionais, acelerando o tão longo tempo que temos entre o desenvolvimento e a chegada às telas de nossos filmes independentes", frisou Jaqueline.

"Estou muito feliz de poder contribuir com esse processo e na expectativa que os encontros sejam catalisadores de um amadurecimento dos projetos, mas também ajudem a versar os profissionais para suas histórias futuras", acrescentou a autora-roteirista.

Captação e Financiamento

Diretora, produtora e roteirista, desde 1999, Vânia Lima, da Bahia, abordará temas voltados a políticas nacionais e plano de financiamento, além de projeto de captação. Tudo isso para que os participantes do "Lab Amazônias" deixem a formação preparados para captar recursos e estruturar, da melhor forma possível, seus projetos.

"Acredito que estamos em um momento onde a produção audiovisual vive uma crise estética importante. Queremos melhorar as obras e alcançar desenhos de produção mais completos. Precisamos trocar e fortalecer nosso cinema e essa é uma oportunidade segura e excelente de construir esse caminho", pontuou Vânia.

Negocial

Diretor, roteirista, produtor e sócio-diretor criativo da Movioca Content House, o baiano Amadeu Alban encerrará o ciclo formativo do laboratório com aulas direcionadas, principalmente, à apresentação e à venda dos projetos. "Meu bloco é o que encerra o ciclo formativo e entrega os profissionais e projetos aquecidos para os dias de realização do Matapi, em novembro. Então, espero encontrá-los mais confiantes em suas propostas, dispostos à lapidação final e ao ensaio para a 'performance' de se lançar no mercado, diante dos players", revelou o diretor.

Segundo ele, o "Lab Amazônias" é importante e o atraiu por diversos motivos. "O laboratório me chamou a atenção pela carga horária, qualificação dos professores, mentores e, principalmente, pela sua estrutura didática, que propõe uma jornada de aprendizado da ideia ao acesso ao mercado. Uma formação desse padrão é importante para o Amazonas e para qualquer ambiente de profissionalização e capacitação dos profissionais criativos de acesso aos mercados", finalizou.

Sobre o Lab Amazônias

Para a primeira edição do "Lab Amazônias", foram selecionados os projetos: "@Cunhantã", de Sarah Pimentel e Aruã Oipasam; "Belinho", de Taciano Soares e Eric Lima; "Coleção de Narizes", de ISIS de Manaus, Éber Pirangy e Dominique Jaci; "Omágua Kambeba", de Adanilo e Ítalo Bruce; "Serena Sereno", de Maria do Rio Negro e Deborah Oliveira; e "Superando Silvino Santos", de César Nogueira e Francis Madson.

Matapi

Em sua 7ª edição, o mercado do Matapi acontece de 26 a 29 de novembro e traz como tema a internacionalização das produções, juntamente com nomes de relevância nacional e internacional.

"O Matapi vem crescendo a cada edição, tanto em temáticas como também em sua articulação, sempre trazendo inovações e atualizações sobre o mercado audiovisual", ressaltou Carlos Barbosa, um dos organizadores do evento.

O Lab Amazônias foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo - Prêmio Manaus Identidade Cultural - Audiovisual - Concultura, ManausCult, Prefeitura de Manaus, Ministério da Cultura e Governo Federal.

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