Renan Gonçalves ensina a incorporar o alongamento de forma segura e eficaz na rotina e executá-lo entre 3 a 4 vezes por semana
Na fase adulta, o alongamento regular pode melhorar a postura, reduzir a tensão muscular, aliviar o estresse e melhorar atividades funcionais (Foto: Divulgação)
A flexibilidade é um componente essencial da saúde física, que desempenha papel fundamental na mobilidade e bem-estar geral. Ela permite movimentos fluidos e confortáveis, reduzindo tensões musculares e rigidez articulares. Além disso, pode promover circulação sanguínea eficiente, que fornece oxigênio e nutrientes aos tecidos e acelera a recuperação. Portanto, manter uma boa flexibilidade é um dos pilares para uma vida ativa.
Benefícios
De acordo com Renan Gonçalves, fisioterapeuta especializado, “o alongamento oferece benefícios significativos para todas as idades. No entanto, a forma como ele impacta pode variar de acordo com a fase da vida”.
Durante a infância e a adolescência, a flexibilidade ainda está se desenvolvendo, então o alongamento ajuda a melhorar a mobilidade, promove um crescimento saudável e melhora a coordenação motora.
Fisioterapeuta Renan Gonçalves explica que o alongamento nunca deve causar dor, e sim um leve desconforto
Na fase adulta, o alongamento regular pode melhorar a postura, reduzir a tensão muscular, aliviar o estresse e melhorar atividades funcionais, principalmente quem possui um estilo de vida sedentários ou à sobrecarga no trabalho.
O alongamento regular na terceira idade ajuda a manter a amplitude de movimento das articulações, reduzir rigidez, melhorar equilíbrio e prevenir quedas, garantindo autonomia e qualidade de vida.
Na rotina
O especialista ensina a incorporar o alongamento de forma segura e eficaz na rotina. “É importante começar devagar e com aquecimento, realizando atividades como movimentos dinâmicos por alguns minutos, o que prepara os tecidos do corpo”, diz ele.
A regularidade também é fundamental para ver resultados. “O ideal é alongar-se entre 3 a 4 vezes por semana, ou até diariamente, dependendo da sua rotina e necessidades. É importante lembrar de alongar todos os principais grupos musculares - pernas, costas, ombros e pescoço - para garantir equilíbrio e flexibilidade geral”, destaca Gonçalves.
Ele recomenda escutar o próprio corpo durante a prática.
Variações
Diferenciar os tipos de alongamento também pode ser benéfico. "Temos o alongamento dinâmico, com movimentos controlados e repetitivos, mais indicado para o aquecimento antes da atividade física. Já o alongamento estático, que consiste em manter uma posição por alguns segundos, deve ser feito separadamente do treino na academia ou de outra atividade física”, esclarece Renan.
Técnicas
Renan recomenda que iniciantes comecem com exercícios de alongamento simples e seguros, que não exijam muita flexibilidade ou complexidade de movimento. O profissional sugere algumas opções:
No alongamento do pescoço você inclina a cabeça para o lado, puxando suavemente com a mão para alongar o músculo do pescoço. Outra opção é o alongamento dos isquiotibiais: em pé, com uma perna esticada à frente, flexione o tronco para frente, mantendo a coluna reta. Isso ajuda a alongados músculos da parte de trás das coxas.
Para alongar o quadríceps, em pé, segure o tornozelo atrás de si, puxando suavemente a perna para o bumbum. Isso alonga a parte da frente da coxa. No alinhamento dos ombros e tríceps, você deve levantar um braço acima da cabeça e dobrar o cotovelo, levando a mão em direção à parte superior das costas. Com a outra mão, empurre o cotovelo suavemente para intensificar o alongamento.
“Esses alongamentos são simples e eficazes para começar, e podem ser feitos sem a necessidade de muita experiência. A chave é alongar de forma controlada e sem forçar demais”, destaca Renan Gonçalves.
Cuidado!
Evitar lesões durante o alongamento envolve seguir algumas orientações simples, mas importantes, de acordo com o fisioterapeuta.